Palestra Ética e Gênero promove discussão sobre respeito e empatia no TRE-PE
Evento aconteceu na manhã desta terça-feira (13) no pleno do TRE-PE teve uma abordagem sobre a luta das mulheres e transgêneros para manutenção de seus direitos e garantias fundamentais
“Ninguém precisa seguir ninguém. Apenas ouvir o outro e ter empatia. Isso é que é uma verdadeira democracia”. Foi com esta frase que o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), Dr. Luiz Carlos Figueiredo, abriu a palestra de Ética e Gênero, que aconteceu nesta manhã (13/11) no pleno do TRE-PE. O evento foi organizado pela Comissão Permanente de Ética do Tribunal, presidida por Isabela Moura.
O tema escolhido para o evento foi "uma abordagem sobre a luta das mulheres e transgêneros para manutenção de seus direitos e garantias fundamentais diante do cenário mundial e seus desdobramentos no âmbito profissional". Como palestrantes convidadas estiveram presentes Isabela Lessa Ribeiro, Yasmin Régis e Roberta JBill.
Isabela Lessa Ribeiro iniciou as apresentações. Advogada, mediadora judicial e membro da comissão da mulher advogada da OAB-PE, Isabela falou sobre machismo e os papéis que a sociedade impõe à mulher. Ela encerrou seu discurso falando sobre a importância de reconhecer e prestar atenção na intolerância, impedindo-a de ficar ainda mais forte. “Em uma sociedade que se desumaniza a cada dia, é de extrema importância não naturalizar a violência ou normalizar a intolerância”, refletiu.
Em seguida, Yasmin Régis, advogada corporativista, discorreu sobre ambientes de trabalho e fatos como assédio moral e machismo. Em situações como essa, principalmente em casos nos quais o assediado é subordinado ao assediador, é de extrema importância que a vítima fale, denuncie o ocorrido. “Muitas pessoas sofrem com isso. Mas, no caso das mulheres, é mais difícil. Muitas, por medo, não denunciam, ou, quando fazem a denúncia, são injustiçadas e prejudicadas”, asseverou.
Encerrando a manhã de debates, Roberta JBill, estudante de serviço social, dançarina e militante do movimento LGBT, falou sobre o sofrimento, sobre a invisibilização da população LGBT e a ausência de políticas públicas específicas de combate à violência. “O Brasil é o país que mais mata LGBTs em todo o mundo, principalmente a população transsexual. Isto precisa ser combatido para diminuir a quantidade de agressões e assassinatos destas pessoas apenas por serem quem são”, afirmou. Foi com bastante desenvoltura, humor e lições de vida que a jovem de 22 anos fez a sua palestra, sendo, ao final, aplaudida de pé por todos.
Eduardo Japiassú, coordenador da Escola Judiciária Eleitoral (EJE-PE), que foi parceira do evento, encerrou o momento de reflexão e emoção cantando um trecho da música “O que é, o que é?”, de Gonzaguinha, finalizando a manhã de palestras que plantou uma semente de amor e empatia no coração de todos os presentes.
“Viver
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita”