No dia 13 de dezembro é comemorado o Dia Nacional do Cego. A data foi instituída em julho de 1961 pelo então presidente do Brasil, Jânio Quadros, através do decreto Nº 51.045 com o objetivo de incentivar o princípio da solidariedade humana, estabelecido na Declaração Universal dos Direitos Humanos que preserva o Direito Fundamental de igualdade e solidariedade entre todos, sem discriminação e distinção.

A luta dos cegos insere-se na história da humanidade, sendo marcada por sentimentos de rejeição, preconceito, intolerância e ignorância ao longo do tempo. Por isso, a criação da data no Brasil constituiu um avanço para a conscientização e diminuição dos preconceitos relacionados a pessoa cega. No entanto, ainda há muito o que ser feito.

Desconstruir preconceitos internamente é fundamental para que possamos considerar a pessoa com cegueira como parte do complexo social, reconhecendo as suas necessidades e aprendendo a respeitá-la, afinal todos nós temos necessidades, apenas o tipo que varia. Enquanto você precisa do semáforo com luz para atravessar a rua, o cego precisa de um sinal sonoro indicando o momento certo de atravessar. Se houver, no fim das contas, os dois atravessam.

Para garantir que as pessoas cegas possam exercer sua cidadania por meio do voto, um direito essencial à democracia, o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) provê medidas que visam facilitar o acesso destes eleitores à Justiça Eleitoral. Uma delas é a instalação de seções com acessibilidade, onde são disponibilizados, urnas eletrônicas com teclas adaptadas em Braille e sistema de áudio.

Diminuir as barreiras que impedem os cegos de fruir da sua liberdade em condições de igualdade com as demais pessoas é um dever de toda a sociedade.