TSE e TV Justiça lançam documentário sobre 90 anos do voto feminino
Vídeo mostra o legado deixado por mulheres que lutaram para que as brasileiras pudessem votar
Mais de 77 milhões de brasileiras devem votar nas Eleições Gerais de 2022, programadas para 2 de outubro. Mas nem sempre as mulheres tiveram o direito de escolher os representantes no país: o voto feminino no Brasil só foi instituído há 90 anos, após o Código Eleitoral de 1932.
A data de 24 de fevereiro daquele ano entrou para a história do país como o dia em que mulheres passaram a ter direito ao voto. E é para contar essa história que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a TV Justiça se uniram para realizar o documentário “90 anos do Voto Feminino”, que estreia neste domingo (27), às 22h, na TV Justiça.
A conquista foi reflexo da luta de um grupo de mulheres, que, inspiradas em outras ativistas espalhadas pelo mundo, saíram em busca da participação nas eleições e na democracia. Antes disso, uma brasileira já tinha feito história, ao ser a primeira eleitora registrada no país: Celina Guimarães, do Rio Grande do Norte. Graças a mulheres como ela, o voto passou a ser uma possibilidade para elas em todo o país.
O documentário mostra a evolução desse ato tão importante ao longo dos tempos e o que o voto feminino representou e representa na conquista de direitos das mulheres.
Segundo Giselly Siqueira, secretária de Comunicação e Multimídia do TSE, a TV Justiça é parceira da Justiça Eleitoral (JE) há muitos anos. “Ela tem sido fundamental nesses 90 anos, transmitindo, por exemplo, os julgamentos do TSE ao vivo desde 2014. Mas, essa foi a primeira vez que produzimos juntos. Unir esforços é sempre importante para informar melhor a população", destaca.
Ela conta que a ideia surgiu a partir de uma conversa com a Coordenação de TV e Rádio do Supremo Tribunal Federal (STF) para a construção de novos conteúdos, uma vez que a JE comemora, neste ano, essa data histórica: 90 anos da instituição e do voto feminino.
Participação das mulheres na política
A primeira eleição com a participação feminina no Brasil foi realizada em 1933. Dos 1.041 concorrentes, apenas 19 eram mulheres. Mesmo assim, a médica Carlota Pereira de Queirós conseguiu se eleger, pelo estado de São Paulo, como primeira deputada federal no país.
Embora desde 2008 as brasileiras sejam maioria no universo de quase 150 milhões de eleitores do país, elas são apenas 15% na Câmara dos Deputados e 12% no Senado Federal. Segundo dados da Câmara, 900 municípios não tiveram sequer uma vereadora eleita em 2020.
Em julho de 2021, o Brasil ocupava a posição de número 140 no que se refere à participação política feminina, em ranking que contempla 192 países pesquisados pela União Interparlamentar. O país está atrás de todas as nações da América Latina, com exceção do Paraguai e do Haiti.
Anote para não perder: a estreia do documentário é neste domingo (27), às 22h. As reapresentações serão: 28/03, às 21h; 30/03, às 19h; 31/03, às 20h30; 1/04, às 22h30; 2/04, às 10h; 3/04, às 22h; 4/04, às 21h; 6/04, às 19h; 7/04, às 20h30; 8/04, às 22h30; 9/04, às 10h.
O documentário também estará disponível no canal do TSE no YouTube na próxima segunda-feira (28), a partir das 10h.
MM/LC, DM